7 dicas para melhorar a alimentação das crianças - Cabeça de Criança

7 dicas para melhorar a alimentação das crianças

melhorar alimentação das crianças



Por Juliana Tiraboschi

Em tempos de quarentena, a maioria das famílias em isolamento está cozinhando em casa com muito mais frequência. Aqui em casa não é diferente. Estou redescobrindo o prazer de cozinhar e aproveitando esse momento para melhorar a alimentação das crianças.

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Veja as dicas que estou aplicando aqui em casa:

1 – Dê o exemplo

Não adianta você querer que seu filho coma salada se você mesmo não come. Dê o exemplo comendo alimentos saudáveis durante as refeições. Não vale só de vez em quando, é preciso ser um hábito cotidiano para realmente influenciar as crianças. Pode ser que isso não surta efeito de imediato, mas acredite: isso vai sim ajudar que seu filho tenha hábitos alimentares mais saudáveis.

Eu mesma não sou o melhor exemplo de alimentação saudável, mas tenho procurado comer mais legumes e verduras, especialmente no almoço, e espero que isso de alguma forma influencie meus filhos.

2 – Envolva a criança na cozinha

Estatísticas da minha cabeça dizem que 90% das crianças gostam de ajudar na cozinha. Envolvê-las no preparo pode contribuir muito para que elas queiram provar o prato que ajudaram a fazer.

Um exemplo: aqui em casa já fazia tempo que meus filhos andavam recusando comer batatas, a não ser quando eu as fazia “fritas” (entre aspas porque eu faço uma “falsa” batata frita: corto em formato palito e asso no forno com azeite).

Aí outro dia resolvi fazer batatas ao murro e chamei as crianças para me ajudarem a “socar” as batatas. Elas não só acharam divertidíssimo, como ainda comeram as batatas depois e adoraram.

3 – Varie a forma de preparo

Foi essa dica que me deu a ideia de escrever esse texto. Eu explico. Meus filhos são difíceis para comer verduras. Eles comem alface e olhe lá, difícil toparem comer outro tipo. Mas, aos pouquinhos, tenho tentado introduzir outras hortaliças na dieta deles.

Consegui fazer isso com o espinafre outro dia e nem acreditei que eles comeram e gostaram! A questão é que eu sempre faço espinafre refogado – e ele sempre é rejeitado pelas crianças. Desta vez, resolvi fazer uns bolinhos: piquei o espinafre já refogado no azeite e alho, misturei um pouco de farinha, um ovo, sal e parmesão (não tenho quantidades, fiz a olho). Daí peguei montinhos dessa massa, passei na farinha de rosca e fiz bolinhas. Daí fiz uma “falsa fritura”, como faço com as batatas: coloquei um pouco de azeite numa panela antiaderente e fritei os bolinhos, usando bem pouco óleo.

Achei que só os adultos iriam comer, mas os bolinhos fizeram sucesso com os pequenos!

Por isso que eu digo: variar a forma de preparar os alimentos aumenta as chances de seu filho aceitar experimentá-los.

4 – Faça salada de fruta

Se o seu filho é do tipo que só come sempre a mesma fruta, que tal preparar uma salada de frutas? Talvez com essa nova forma de preparo e com as frutas picadinhas, a criança acabe comendo aquelas que antes ela recusava. Não custa tentar.

5 – Prepare uma salada picadinha

Essa dica vem da Rita Lobo e é ótima. No livro “O que tem na geladeira”, Rita conta que a ideia da salada picadinha é de sua sogra. Em vez de servir a salada com folhas gigantes e pedaços grandes de legumes, ela pica os ingredientes (pepino, alface, cenoura e repolho) em fatias miúdas. Assim, o comensal consegue pegar todos os elementos da salada com uma garfada só.

Perfeito para aquelas crianças que têm preguiça de cortar a folha de alface. Vale a pena experimentar.

6 – “Camufle” alimentos rejeitados

Ok, sei que tem gente que não gosta dessa tática, que acredita que as crianças devem ver e saber o que estão comendo.

Mas, para as crianças que não comem absolutamente nada de legumes e verduras, acredito que vale sim “esconder” alguns alimentos saudáveis dentro de outros pratos, para melhorar a variedade de nutrientes ingeridos pelas crianças.

Por exemplo: você pode bater uma cenoura junto com o molho de tomate para o macarrão, ou colocar pedacinhos de legumes cortados bem pequenos no arroz, numa torta, na sopa, na omelete, no suflê, etc.

Mas, mesmo que você apela para esse recurso, não desista de oferecer os alimentos saudáveis de forma bem visível.

 

7 – Não desista de oferecer, mas não force

Obrigar a criança a comer pode fazer com que ela crie uma repulsa por aquele alimento. Não acredito que essa seja uma boa maneira de fazer com que ela coma comida saudável.

Mas isso não significa que você precise desistir de oferecer os legumes e verduras para o seu filho. Meu lema é: devagar e sempre. Eu SEMPRE ofereço as hortaliças para meus filhos, às vezes insisto que eles provem, mesmo sabendo que eles vão negar. Mas nunca obrigo a comer. E, de vez em quando, sou surpreendida por uma aceitação que eu não esperava.

 

 

 

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